ATALANTA
Mulher livre e destemida,
símbolo do poder feminino.
Ousou ter fôrça e autonomia,
num tempo de adoração ao divino.
Bebê abandonado no monte Partênio,
pelo pai que queria filho varão.
Foi protegida de Diana,
a deusa guerreira do mundo pagão.
Criada e educada por caçadores,
cresceu livre e independente.
Amando a caça e exercícios violentos,
tornou fortes corpo e mente.
Cavalgando nua e veloz em seu cavalo,
até dos pássaros chamava a atenção.
Sendo bela, formosa e independente,
dispensava casamentos com consequente servidão.
Sabendo das proezas guerreiras da filha,
o rei Íaso a chama de volta e quer lhe casar.
Ela diz aceitar quem na corrida lhe vencer.
Muitos pretendentes perdem a vida nesse tentar.
Porém, da Arcádia surge Melânio,
que na disputa vai entrar.
E de Diana ganha três maçãs de ouro,
que durante o percurso deverá jogar.
Distraindo a atenção da bela Atalanta,
a corrida consegue ganhar.
Admirada com essa iniciativa,
ela aceita com ele se casar.
Hoje, Atalantas modernas,
conseguiram muitas vitórias conquistar.
Investindo na profissão e na independência,
não vão mal casamentos suportar.
Já entenderam que nasceram inteiras,
não precisando do homem para se completar.
Fazendo do outro, companheiro de jornada,
num desejo gostoso da vida compartilhar.
Doris Alves
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